segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

2 DE FEVEREIRO

Então...
Acabo de criar esse blog pra expor os móveis da minha casa, o que esta dentro da minha cabeça.
É que meu amigo e parceiro Diego de Morais postou um de nossos encontros la em casa e eu fiquei muito feliz de ler "diegodemoraes.blogspot.com"
Como ele é de uma outra geração, fiquei pensando, a minha foi de um hiato! Pois nos anos noventa eu era um moleque espinhudo, roqueiro e rebelde sem causa que amava música e frequentava as matinês do cererê e do bar do bonfim bezerra.
Rolava banda Thara, HC137, mata mosca, mandatory suicide...
Depois me aproximei da canção popular, conheci canções de uma geração da musica goiana envelheceu sem ter continuidade. Claro que houve uns casos isolados, uns cantores que fizeram nome em bares da capital, mas nada que tivesse a força dos grandes dos anos 70, Juraíldes da Cruz, João Caetano, Pádua, Gustavo Veiga, Carlos Brandão, entre outros que continuam na ativa.
Mas eu; que hoje gozo dos meus trinta e poucos anos não vi renovação na música popular daqui, destaco o disco do sr blanchu do Dú Oliveira e Débora de Sá que é do começo da década e soa bem a idéia de modernidade, atitude rock, rap, regional/universal e algumas intérpretes femininas que ganharam força nos anos 90/2000 e que sempre recorre aos antigos compositores.
Fiquei no meio do caminho (antes de mim vieram os velhos, os jovens vieram depois de mim) Lembro que os roqueiros me achavam muito mpb e a mpb me achava muito roqueirinho, rsrsr.
Fico feliz de ver o Diego de Morais absorver tantas informações e vê que essa besteira hoje não existe mais, já que naquela época ele seria queimado na fogueira da inquizição dos roqueiros ortodoxos, ou da MPB provinciana.

Sinal de um novo tempo, afinal eu, como ele; sou influenciado por tudo que ouço, vejo, leio e sinto. Além das vivências pessoais que fatalmente entram na canção; a gente se deixa levar por todos os caminhos.

Eu fui um muleque que ouvia radio, música de puteiro, rock nacional, baladas internacionais, eletrônica, cassino do chacrinha, forró e bem depois Samba e mpb.
Quando vou fazer música ou ela me vem do nada, tenho certeza que ali está; além de mim, minhas influencias.
que pode ir de um Guinga, Chico Buarque, Arnaldo Antunes, Chico César, Lenine, Tom Zé, Itamar Assumpçao, Luis Gonzaga, Mestre Salu, Conversa Ribeira, Vitor Ramil, Noel Rosa, até um Odair José, Tião Carreiro, Genival Lacerda, Magal... outras línguas , radiohead, Salif Keita, Cesária évora, Lokua, Madredeus, Mawaca, Blues, Reagge. E claro, as pessoas com as quais eu convivo, admiro e aprendo sempre, meus parceiros: Antony Brito do Grupo triêro (triero.blogspot.com) Diego de Morais, Luiz Augusto, João Caetano, Rafael Nunes, Flavia Brito, Diego Cruvinel; é um liquidificador louco mesmo, a canção popular no brasil tem muita segregação social, ideológia, estética, artística e comercial. assim os rótulos saem de fábrica obrigando o artista a se posicionar dentro de alguma sigla.
A música tem que ser livre como é livre nossos ouvidos.

hoje dia de Iemanjá, um odoiá a todos